Brasileiros em excursão por Israel têm voo de volta para casa cancelado após conflitos: ‘nossa delegação está cansada’

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Grupo com 37 moradores de Araguaína, Palmas, além de Imperatriz (MA) e Parauapebas (PA) passou por um susto após bormbardeios na região. Vinte pessoas conseguiram embarcar para o Brasil. Brasileiros aguardaram por horas em Tel Aviv e retornaram para Jerusalém neste domingo (8)
Divulgação/Bueno Júnior
Depois do susto de estar presente durante ataques à cidade de Jerusalém, em Israel, parte dos integrantes da caravana composta por moradores de Araguaína, Palmas, Imperatriz (MA) e Parauapebas (PA), conseguiu embarcar com destino ao Brasil. Mas 17 pessoas ainda estão no país em conflito.
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Segundo o pastor araguainense Bueno Júnior, de 53 anos, que lidera a caravana, dos 37 passageiros que fazem parte do grupo, 13 conseguiram embarcar pela companhia aérea para Dubai, de onde devem embarcar com destino a Guarulhos (SP). Outros tiveram que comprar passagens para retornar pela Etiópia, mesmo enfrentando dificuldades por causa do visto. Mas 17 turistas ainda estão na região.
O pastor afirmou na manhã deste domingo (8) que ainda não tem nenhuma perspectiva ou previsão de voo para esses passageiros.
A delegação brasileira estava hospedada em um hotel de Jerusalém no sábado (7) quando um alarme tocou na cidade após bombardeios. Depois do aviso, eles foram chamados para sair do hotel, e seguiram para um local seguro.
O grupo extremista islâmico armado Hamas bombardeou Israel de surpresa e o país declarou guerra. Pelo menos 600 pessoas morreram. O pastor conseguiu filmar o momento em que soldados israelenses se despediam de familiares para defender o país.
Pastor grava vídeo de soldados israelenses se despedindo de familiares
Pelas redes sociais, Bueno Júnior contou que na noite de sábado, eles chegaram ao aeroporto David Ben-Gurion, que fica próximo a Tel Aviv. O pastor disse também que o aeroporto chegou a ficar fechado para pouso e decolagem, mas voltou à normalidade.
Na manhã deste domingo, os 17 brasileiros que não conseguiram embarcar retornaram para Jerusalém, uma viagem de aproximadamente uma hora.
“Nossa delegação está cansada, exausta, são crianças, idosos. Então enquanto resolvemos a questão do voo, nós estamos levando a delegação para descansar em um hotel onde tenham segurança e tenham conforto”, disse Bueno Júnior.
Caravana com 37 brasileiros estava em Jerusalém quando ataques terroristas iniciaram
Reprodução/Bueno Junior
Pedido de ajuda
O pastor relatou ainda que, após companhia aérea cancelar o embarque dos passageiros, ele tenta contato com o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, para que as autoridades brasileiras intercedam com a empresa para viabilizar o retorno da caravana.
O g1 pediu entrou em contato com o Itamaraty questionando se eles receberam informações sobre os brasileiros e quais medida serão tomada, e aguarda resposta.
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A guerra
Os combatentes do grupo extremista islâmico armado Hamas conseguiram atacar 22 locais em Israel neste sábado (7). O ataque envolveu ações por terra e ar, o que levou as autoridades a declararem estado de guerra.
Milhares de foguetes foram lançados e, em comunicado, os militares de Israel afirmaram que “vários terroristas infiltraram-se no território israelita a partir da Faixa de Gaza”. O grupo Hamas reivindicou o ataque e afirmou se tratar do início de uma grande operação para a retomada do território.
Ataque do Hamas a Israel
P Photo/Adel Hana
Segundo os serviços de emergência, centenas pessoas morreram em Israel e na Faixa de Gaza, mortas na retaliação israelense. Outras milhares de pessoas ficaram feridas.
Em resposta aos ataques, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que seu país está em estado de guerra. O premiê lançou a operação “Espadas de Ferro” e convocou uma reunião de emergência com autoridades de segurança. O país convocou uma grande quantidade de reservistas.
Mapa mostra conflito em Israel
Arte/g1
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Fonte: G1 Tocantins